1 de fev. de 2013

Segundo capítulo!!!

LEITORES!
Hoje, segundo pedidos, venho trazendo algo especial para vocês!
Tem uma galera me pedindo pelo menos o segundo capítulo do livro, então resolvi ceder. 

Quem ainda não leu o primeiro capítulo pode encontrá-lo no ISSUU : http://issuu.com/novoseculo/docs/segredos_de_landara

Bom, espero que gostem! Lembrando que já podem comprar o livro nas livrarias e no site da editora!

Beijos!

B.Camporezi

------- SEGUNDO CAPÍTULO -------

2

As coisas tinham acontecido rápido demais. Não sabia onde estava, nem por que estava ali, e também não sabia quem eu realmente era. Conheci um cara doido que dizia ser pirata e ladrão de mentes e que jurava que eu tinha um poder. O que mais faltava acontecer?
Encostei minha cabeça na parede e fechei meus olhos.
– Ei!
Os abri novamente e olhei para o lado. Era James me chamando.
– O que foi?
– Você vai dormir? Não durma não. Não faça isso, é tentador demais e eu não posso. Você sabe que eu não posso. Não sabe? Só falta um restinho e desperdiçar com bobeiras não é legal – James começou a jogar palavras sem sentido no ar.
– Você deve ter sérios problemas – concluí. – Do que você está falando?
– Da poção, mulher!
– Que poção, homem?
– Que eu tenho.
– O que você tem? – apertei os olhos.
– Tudo bem, te explico. – Ele respirou fundo. – Tudo começou quando eu era capitão do navio. Eu era dos bons, sabe... – ele suspirou, lembrando com saudade de seu tempo livre. – E um dia nós sabotamos uma princesa que vive no extremo norte, porque eu sabia que ela escondia uma coisa muito importante. É um reino pequeno, quase ninguém sabe de sua existência, mas ele pode ser avistado do mar, se estivermos bem na beirada. Bom, então a roubei. Era uma poção, mágica, feita por uma mulher incrivelmente perturbada e poderosa. A poção faz com que o poder de qualquer um funcione em qualquer lugar. Inclusive na humanidade. Cada gota significa uma hora de poder livre. Isso, é claro, inclui o castelo também.
– O quê? Não acredito! Então você pode ler a minha mente! – Levantei em um pulo do chão e sorri para ele.
– Não. Eu tenho apenas uma gota. Uma única gota que precisa ser usada na hora certa, você compreende?
 – Ah! Então por que raios você me contou isso? – gritei.
– Porque se você dormir eu ficarei muito curioso para conhecer a sua mente e talvez eu não resista a beber da última gota.
– Ah é? Talvez eu durma – eu disse com um sorriso no rosto.
– Não faça isso.
– Eu disse talvez...
– Não estou gostando do seu olhar. Não faça o que você esta pensando em fazer.
– Ah, então seus poderes voltaram? Já sabe o que eu estou pensando...
– Não... Foi intuição “piratesca”.
– O quê? – ri um pouco, mesmo sem entender foi engraçado.
– A gente adquire algo do tipo quando vive no mar – ele deu de ombros.
– Você é doido – sorri.
– Eu sei. Por isso sobrevivi tanto tempo.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, um barulho sincronizado de batidas começou a se aproximar rapidamente. Notei uma movimentação estranha dos prisioneiros, como se estivessem assustados. Com medo.
O que estava acontecendo?
James deitou em sua cama correndo e fingiu que estava dormindo. Percebi que sua mão tremia um pouco. Fiquei mais assustada vendo-o agir daquela maneira. Eu não o conhecia direito, mas sabia que ele não era um covarde. Alguma coisa importante se aproximava. Algo ou alguém que era temido por todos no lugar.
Segundos depois pude ver de onde as batidas vinham. Era uma marcha de soldados, todos uniformizados de vermelho e preto. Eles pararam em frente a minha cela. Um deles, o primeiro da formação, trazia um animal que andava ao seu lado, de tamanho médio. Primeiramente pensei que fosse um tipo de ave, mas me enganei. O rosto de águia com o corpo de um gato bem peludo, um gato-do-mato um pouco diferente. Suas asas eram de um roxo-azulado bem forte e a cabeça de águia era branca com as pontas das penas rosa-escura. Um bico amarelado, o corpo cinza e as patas brancas. Pude ver uma cicatriz em seu olho quando ele rosnou para mim. Sim, uma quase águia que rosna. James tinha razão... É bom me acostumar com coisas absurdas. Mas eu tinha de admitir que aquele animal era incrivelmente lindo.
– Patrick quer falar com você – um dos soldados falou se direcionando a mim.
***
Ele tirou uma chave estranha do bolso, não parecia uma chave, era bem pontuda e com um design diferente, parecia um tipo de raio.  Lembro-me de uma pedra, um pouco branca com borda azul bem brilhante, mas não consegui ver direito. Ele fez um “xis” na grade com a ponta da chave e a porta se abriu.
Outro entrou em minha cela e me algemou com um tipo estranho de algema, não sei como descrevê-la. Era uma corda azul brilhante que, ao encostar-se em minha pele, se enroscou ao meu braço e se prendeu também a minha cintura. Não conseguia me mexer, apenas andar.
James ainda fingia dormir, e eu estava com medo. Com medo de tudo, principalmente daquela gente desconhecida, que fazia questão de deixar algumas marcas de sangue no uniforme. Sim, por mais impecável que o uniforme parecesse estar, não era possível esconder as manchas. Não sei ainda para onde estavam me levando, mas não seria uma coisa boa. Disso podia ter certeza.
Eu não gostava de sentir medo, não lembro direito, mas acho que não é um dos sentimentos que costumo ter com tanta frequência.
Olhei para o lado e vi o gato enorme novamente. Encarei aquele animal incrível. Seus olhos se fixaram nos meus por alguns segundos. Outro rugido saiu de sua garganta e então desviei meus olhos e voltei a andar na direção que o soldado mandava. Mas, uma coisa me chamou atenção, e eu parei para observar. O soldado que falou comigo pegou novamente a chave e se aproximou da estranha águia. Percebi que havia um tipo de símbolo no braço do animal, não sei se era feito de ouro ou apenas pintado de dourado. Então, o soldado encostou a chave no símbolo, arrastou-a por alguns poucos centímetros na vertical para baixo e a fincou num tipo de buraco que havia no símbolo. O animal de imediato se abaixou, como se oferecendo carona para o soldado, e ele, então, subiu em seu ombro. Eles foram juntos na nossa frente.
***
Eu caminhava na mesma velocidade dos soldados. Passávamos entre as celas e parecia que todas aquelas pessoas me olhavam, como se agradecendo por ainda estarem presas ao invés de no meu lugar.
Saímos do setor onde ficavam as celas e entramos em um enorme corredor. As paredes eram igualmente maltratadas, assim como as da cela em que eu havia estado. No final do corredor havia uma grande escada. Subimos por ela e avistamos uma porta, linda toda em vermelho. Outro soldado tirou uma chave do bolso, era idêntica a primeira. Ele a encostou na porta e fez um triângulo com ela. E ela se abriu. Tentei imaginar como as chaves funcionavam, mas ignorei a curiosidade.
Passamos pela porta e parecia que eu estava em um lugar completamente diferente. Era lindo. As paredes em marfim, o chão em mármore, colunas douradas e as cortinas e tapetes vermelhos. Janelas espalhadas pela sala mostravam uma paisagem perfeita lá fora. Vários pinheiros espalhados, bem distantes. Um lugar realmente bonito. Mas eu continuava presa, então nada daquilo me importava.
James realmente havia mencionado que estávamos em um castelo. Mas se não estivesse vendo todo esse luxo, não teria acreditado.
Chegamos a uma nova escada. Linda e enorme. Corrimãos dourados com alguns desenhos. Reparei nos quadros da escadaria, todos traziam figuras de criaturas pintadas à tinta óleo. Vi um quadro em que estava pintado o Águia-Gato que caminhava na minha frente, levando o soldado nos ombros.
Minutos de caminhada depois paramos em frente a uma grande porta. Um soldado pegou novamente a chave e dessa vez ele desenhou um “P” nela, e a porta se abriu.
E dentro dela, pude ver uma silhueta sinistra, que olhava para mim.


5 comentários:

  1. Assim vc me mata amiga!! kkk Vou lá correndo ler o 1º cap pra poder ler o 2º.. kk Bjs, Mi

    www.recantodami.com

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  2. Ahhh, li tudo e to quase morrendo aqui. Espero que meu livro chegue logo.. hehe Bjs, Mi

    www.recantodami.com

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    1. hahahaha! Você é demais, que bom que gostou!!!
      Não vejo a hora que o leia todinho!!! :)
      Tenho certeza que o livro estará em boas mãos! Beijos amiga!!

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  3. Brunaaa adoreiii e só li um pouquinho haha! nossa é meu sonho publicar um livro..eu escrevo um na verdade se eu te mandasse um capitulo voce poderia dar uma lida e me dizer o que acha?
    e ah eu tenho um blog tbm se quiser seguir vou deixar o link..to seguindo aqui..se vc visitar me deixa um comentario? beijos
    http://cantinhodanina19.blogspot.com.br/

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    1. Oi linda!
      Claro que sim, pode me mandar por e-mail que eu leio com muito prazer.
      b.camporezi@gmail.com
      Se precisar de dicas para publicá-lo, ajudarei sem problemas! Venha conversar comigo por mensagem na página do livro do facebook! Ou por e-mail mesmo.
      Grande beijo!!!

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